8 de dezembro de 1980

por Laís Semis

Edifício Dakota, frente ao Central Park. Nova York era a cidade que o ex-beatle havia escolhido para viver com sua família depois de ter deixado pra trás a histeria adolescente das fãs da banda que, com 1 bilhão de cópias vendidas por todo o mundo, ainda é imbatível. Em busca de sua própria paz e acreditando que a única maneira de lutar contra a violência era pacificamente, John Lennon não poderia deixar de cumprir o seu destino enquanto símbolo e, ironicamente, ele seria vítima da violência contra a qual lutara, em frente a seu próprio apartamento.

Mark Chapman era grande fã dos Beatles, a relação de adoração e ódio, com John Lennon especialmente, era tão intensa que Chapman decidiu acabar com ela. Criticava o estilo de vida que ele levava e as declarações contra a religião. Ele vinha planejando friamente o assassinato de seu ídolo como um ritual, que não se importou em abrir detalhadamente em entrevistas posteriores.

Lennon autografando o disco de Chapman

Lennon autografando o disco de Chapman

Quando no final da tarde do dia 8, Lennon desceu com Yoko para ir até o estúdio gravar, Chapman o abordou para pedir um autógrafo em sua cópia do LP “Double Fantasy”. Dois meses antes da ocasião, Mark Chapman tinha chego ao mesmo ponto, mas desistiu do propósito de assassinar John Lennon. Mas, quando o ex-beatle retornou ao Edifício Dakota, Mark Chapman disparou 5 tiros contra ele.

Apenas o primeiro tiro não atingiu o alvo. Quando chegou ao hospital, John Lennon já tinha perdido 80% de seu sangue e estava inconsciente.

Condenado a prisão perpétua, tentou conquistar liberdade condicional depois dos 20 anos cumpridos de prisão, mas os sete pedidos foram negados. Mark Chapman se mantém em cela separada dos outros presos, devido às ameças que recebe.