Baixos custos e maior oferta: uma nova filosofia de trabalho

por Eduardo Godoi

Prezados Leitores

Um dos graves problemas que sempre obstaram o crescimento e o desenvolvimento do Taekwon-Do Tradicional no Brasil é o alto custo de seus cursos de reciclagem e treinamento e a baixa frequência com que são ofertados. Com apenas um ou dois grandes eventos por ano, a possibilidade de os praticantes manterem-se atualizados, realizarem intercâmbios e criarem uma “network” torna-se muito dificultada.

Tentando implantar uma nova filosofia de trabalho, a Organização Brasileira de Taekwon-Do ITF (OBTI), inaugurou, no dia 23 de fevereiro de 2013, um ciclo de pequenos Seminários, com poucas horas de duração, com custos muito baixos e com uma frequência mensal.

Organização Brasileira de Taekwon-Do ITF - OBTI

Organização Brasileira de Taekwon-Do ITF – OBTI

Abordando alguns tópicos do currículo padrão da OBTI, o Sabum Nim Marcos Sanchez (6o. Dan e Presidente da OBTI), auxiliado pelo Sabum Nim Eduardo Godoi (4o. Dan e Vice-Presidente da OBTI) puderam apresentar a um publico mais amplo – que antes não tinha acesso a este tipo de evento devido ao alto custo das taxas de inscrição comumente cobradas – as especificidades de cada técnica e elucidar as muitas dúvidas dos alunos. A frequência mensal destes Seminários permite aos praticantes reforçarem os conceitos que lhes foram apresentados nos encontros anteriores, oferece a possibilidade de novas correções e um maior amadurecimento dos estudantes, tanto do ponto de vista técnico quanto marcial.

À direita, o Sabum Nim Marcos Sanchez (6o. Dan e Presidente da OBTI) ao lado do Sabum Nim Eduardo Godoi (4o. Dan e Vice-Presidente da OBTI), durante o Seminário Técnico realizado no dia 23 de fevereiro de 2013, em Jaguariúna-SP.

À direita, o Sabum Nim Marcos Sanchez (6o. Dan e Presidente da OBTI) ao lado do Sabum Nim Eduardo Godoi (4o. Dan e Vice-Presidente da OBTI), durante o Seminário Técnico realizado no dia 23 de fevereiro de 2013, em Jaguariúna-SP.

O próximo desafio é a criação de competições com o mesmo espírito: diminuir os custos, aumentar a oferta de eventos, permitindo o acesso a um público mais amplo. Este é um dos caminhos possíveis para a popularização do Taekwon-Do Tradicional no Brasil, historicamente tão elitizado.

Sabum Nim Eduardo Godoi demonstrando uma técnica durante o Seminário realizado em Jaguriúna (23 de fevereiro de 2013).

Sabum Nim Eduardo Godoi demonstrando uma técnica durante o Seminário realizado em Jaguriúna (23 de fevereiro de 2013).

Cabe destacar que estes novos modelos para cursos e torneios não excluem a necessidade dos grandes eventos, essenciais para a reciclagem de praticantes já experientes, em particular, os Faixas-Pretas: são, na verdade, um complemento importante para um aumento da qualidade técnica de estudantes que não têm a oportunidade de participar de cursos e competições mais caros.

Bons dias !!!

Sabum Nim Eduardo Godoi (4o. Dan)

Ch’ang Hon Ryu Taekwon-Do Brasil
Rua Armando Steck, 408 – sala 3 – Centro – Louveira – SP – CEP 13.290-000

Proposta de avaliação da qualidade de vida de pacientes psiquiátricos

por                           Juliana F. Cecato

Daniel Bartholomeu

José M. Montiel

O conceito Qualidade de Vida é um termo subjetivo, o qual abrange muitos significados refletindo no momento individual de cada pessoa, sua classe social, a cultura a qual esta inserida, estando relacionado à saúde desde o surgimento da medicina social. No aspecto hospitalar é atribuído a ausência de sintomas físicos, distúrbios psicológico e mesmo em condições sociais relacionadas ao contexto médico, tais como, acesso a alimentação adequada entre outras.

A avaliação a qualidade de vida é complexa, nas ultimas décadas houve aumento de instrumentos e questionários, que na maioria são desenvolvidos internacionalmente e traduzidos para o Português entre outros para utilização em diferentes países estabelecendo normas de medidas conforme o contexto cultural. Contudo, a aplicação desses instrumentos nesta questão se tornou um tema controverso, pois alguns autores criticam a possibilidade do conceito qualidade de vida não ser ligado à cultura em que o individuo está inserido trazendo a necessidade da Organização Mundial da Saúde desenvolver um projeto que atendesse uma perspectiva transcultural e multicêntrico definindo o conceito de qualidade de vida como subjetivo e multidimensional, ou seja, independente da cultura, nação ou época o individuo precisa se sentir bem psicologicamente, e integrado na sociedade com boas condições física e funcional. (FLECK, et al., p. 20,1999).

No intuito de sanar tal problemática de acordo com Leal (2008) os instrumentos que avaliam e mensuram a qualidade de vida são desenvolvidos pelo grupo WHOQOL (World Health Organization Quality of Life) da OMS. Esses instrumentos, em relação ao campo de aplicação são divididos em genéricos e específicos. Os genéricos têm como objetivo avaliar o impacto causado por uma ou mais doenças especificas, podendo ser aplicado em diferente contexto social e cultural. Os específicos avaliam os aspectos da qualidade de vida com objetivos de detectar uma melhora ou piora do aspecto que esta sendo avaliado. (SCATTOLIN, 2006).

Em síntese, pode-se apontar que mesmo sendo um tema complexo e por vez controverso, a qualidade de vida pode ser avaliada, segundo os apontamentos anteriores, possibilitando o desenvolvimento de estratégias e procedimentos adequados para esta população.

A morte do beatle vivo

por Laís Semis

Há quem diga que Paul McCartney morreu em 1966. Mas, se ele morreu, quem é aquele cara que, aos 70 anos, ainda anda pelos palcos cantando suas músicas solo e os sucessos dos Beatles? Entre as teorias conspiratórias e lendas que giram em torno de algumas famosas figuras roqueiras há a de que esse tal Paul é um sósia do beatle, Billy Shears, um impostor que teria substituído Paul.

Na capa do disco “Abbey Road” (1969), McCartney é o único beatle que atravessa a faixa de pedestres descalço (além dos mortos na Inglaterra serem enterrados descalços, é um símbolo usado pela máfia que representa homem morto); as pernas estão em posição contrária, num passo contrário ao dos outros integrantes da banda; à esquerda antes da faixa há um fusca estacionado com a placa “28 IF” – que segundo os conspirólogos seria mais uma das pistas: IF (se) Paul estivesse vivo, na época, teria 28 anos. E à direita, ao que parece, está parado um carro fúnebre. Ainda no mesmo disco, ele segura um cigarro na mão direita, porém o beatle era canhoto. Até mesmo as roupas são interpretadas: John Lennon vestido de branco representaria um médico; Ringo, de preto, o padre e George, de jeans, um operário ou o coveiro.

Em “Sgt. Pepper’s” (1967) outros símbolos foram identificados pelos conspiradores de plantão: a palavra “Beatles” formada por flores combinada aos rostos que permeiam a composição da imagem formariam um cenário fúnebre. Para completar as evidências, o suposto McCartney canta na faixa “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” “so let me introduce to you the one and only Billy Shears”.

Não concordando com a substituição, John, George e Ringo teriam divulgado pistas nos discos e nas canções para que a verdade sobre Paul fosse descoberta. Ou, pelo menos, decidiram se aproveitar dos boatos para promover ainda mais os Beatles.

Verdadeiras ou não, as teorias conspiratórias engrandecem os mitos de um gênero que por ir contra os padrões conservadores dos anos 50 (e algumas vezes mais, depois), música de jovens rebeldes, ligada à quadris que rebolavam e à pactos. E, enquanto meia dúzia envolvida na história desmente os acontecimentos, outros muitos propagam teorias e se dedicam à procurar mais argumentos para qualificar tais histórias.

KWAN: Os Instrutores de “Karatê Coreano” e as origens do Taekwon-Do

por Diego Falcade

Na primeira metade do século XX muitos lutadores coreanos imigraram para a China ou Japão, já que na Coreia era proibido praticar artes marciais. Lá trabalhavam ou lutavam contra o seu próprio país.

Na China e no Japão, os coreanos podiam usar ou praticar artes marciais. É difícil descrever o período que o Taekwon-Do se encontrava em formação, já que ocorrências importantes raramente eram escritas em papéis e, quando era, a maioria dos registros foi destruída.

Depois do domínio do Japão, pelo menos cinco ou seis kwans foram criados entre 1940 a 1950. Um dos primeiros a estabelecer um ambiente estável de treino foi Won Kuk Lee, nascido em 13 de abril de 1907.

CLIQUE AQUI PARA LER O TEXTO NA ÍNTEGRA

Em 1946, houve tentativas de unificar as artes marciais. A data conhecida como o nascimento do Taekwon-Do é 11 de abril de 1955. Nesse dia um grupo de influentes homens entraram em conferência com o propósito de arranjar um nome para esse novo esporte, sendo proposto o nomeTaekwon-Do.

Choi escolheu o nome por ter ligação com os chutes e socos. No começo acharam muito parecido com “taekkyon” mas, depois concordaram.

Em 1959, Choi convocou uma outra reunião com os líderes dos Kwan, para recomeçar uma união.

Em 1965 Choi voltou para a Coréia após ter sido nomeado Embaixador da Malásia. Percebeu então, que o Tae Soo Do era a mesma arte marcial que ele tinha criado com outro nome, por isso sugeriu que o nome voltasse a ser Taekwon-Do  e assim ocorreu.

Em 22 de março de 1966, o Taekwon-Do atingiu o seu lugar como arte marcial global, após a criação da Intenational Taekwon-Do Federation.

BIBLIOGRAFIA

COOK, Doug. Taekwondo Tradicional: Técnicas Essenciais, História e Filosofia; tradução, Marcos Malvezzi. São Paulo: Madras, 2011

Boosabum Diego Falcade (1o. Dan)

Ch’ang Hon Ryu Taekwon-Do Brasil
Academia Shaolin – Louveira – SP
Rua Armando Steck, 294 – sala 2 – Centro

O Pop

 por Laís Semis

I said I wasn’t gonna lose my head, but then PoP goes my heart. I wasn’t gonna fall in love again, but then PoP goes my heart.”

Em “Letra e Música”, filme estrelado por Hugh Grant e Drew Barrymore, a história gira em torno de um ex-integrante de uma boy band que 20 anos depois do sucesso vive uma carreira solo decadente sustentada pelos hits da sua ex-banda, a PoP.

Assim como o personagem, outras bandas produzidas comercialmente no universo pop, conquistaram corações de meninas por todo o mundo souberam aproveitar do momento presente, mas não conseguiram se manter ativas entre tantos egos e canções passageiras.

Mesmo aqueles que tentaram um retorno alguns anos depois, não cativaram uma nova multidão para se descabelar aos pés do palco e colecionar pastas e mais pastas de materiais publicados sobre seus queridinhos. E lá se vão outros 20 anos desde que as boys bands botavam banca no mundo da música. Ser “pop” para muitas bandas pode até ser considerado ofensivo, mas o pop faz o coração de muita gente (mesmo que não escancaradamente).

As letras são todas entrelaçadas num romance, que devia ter dado certo, em um sofrimento causado por uma garota, um triângulo amoroso desfavorável, um coração partido ou um amor sublime. A falta de coreografia e o coro masculino formado pela banda podem até gerar alguma dúvida; mas pelos gritos estridentes na primeira fila fica perceptível que o formato ainda vive dias gloriosos.

Marron 5

Maroon 5

O Maroon 5 tem sido um exemplo de como uma boy band pode ter uma carreira respeitável e constante.  Baladinhas e discos inteiros românticos, participações de cantoras como Christina Aguilera e Rihanna, produzidas por cinco adoráveis integrantes que chamam a atenção das meninas dialogam com o universo pop e emplacam hits. Com quatro álbuns de estúdio, o Maroon 5 iniciou suas atividade em 1995 com o nome de Kara’s Flowers (que chegou a lançar um disco, mas não vingou) e foi conhecida por este nome até 2001, quando com a entrada do guitarrista James Valentine, a banda passa a se chamar Marron 5 e logo no ano seguinte, vem o disco de estreia “Songs About Jane” (2002).

A nova fase da banda consegue não só aclamações, como também se consolida em sua formação e produção. Agora com “Overexposed” (2012), eles atingem pela primeira vez o topo das paradas britânicas e chegam ao Brasil nesse mês com três datas marcadas de sua nova turnê.

O fracasso escolar e a atuação da Psicopedagogia

por                            Juliana F. Cecato

Daniel Bartholomeu

José M. Montiel

O fracasso escolar é estudado, ao longo dos anos, por diferentes perspectivas teóricas, físico/biológico, psicológico, social, educacional, entre outros. Atualmente no Brasil, estudos têm apontado que as dificuldades escolares vivenciadas por parcela significativa da população em idade escolar são decorrentes de problemas significativos em leitura e escrita, matemática, distorções entre série escolar e idade, períodos prolongados para se completar o Ensino Fundamental, altos índices de evasão escolar e desempenho acadêmico aquém do esperado para a idade do aluno, entre outros. No intuito de esclarecer e embasar tais problemáticas uma multiplicidade de questões são içadas ao se falar das dificuldades de aprendizagem em crianças oriundas de diferentes olhares. Neste sentido, a Psicopedagogia apresenta-se tendo como foco facilitar o processo de aprendizagem.

A atuação do psicopedagogo envolve uma análise minuciosa dos múltiplos aspectos implícitos na queixa de que uma criança está apresentando dificuldades para aprender e problemas relacionados. Esta análise tende a permitir o entendimento e compreensão das possíveis causas de tais dificuldades, dando subsídios para uma proposta de intervenção adequada, seja educacional e até mesmo clinica. Os procedimentos utilizados pela psicopedagogia tendem a propiciar conhecimentos aprofundado dos múltiplos aspectos inerentes a uma queixa de dificuldade de aprendizagem possibilitando compreender o indivíduo de uma maneira globalizada, ou seja, acadêmicos, físicos e especialmente psicológicos.

Em síntese, as dificuldades de aprendizagem são multideterminadas, complexas e podem trazer graves conseqüências a todos os envolvidos. O psicopedagogo deve lançar um olhar crítico e minucioso sobre cada caso, buscado uma compreensão global do problema. Cabe a ele o desafio de transformar a realidade, por meio de propostas de intervenções efetivas e com uma sólida base teórica.

Gus van Sant, autor de Psicose

por Eduardo Godoi

Prezados Leitores

Publicada originalmente em 1944, FICCIONES reune dois livros lançados anteriormente pelo escritor argentino Jorge Luis Borges: EL JARDÍN DE SENDEROS QUE SE BIFURCAN (1941) e ARTIFICIOS (1944), somando, ao total, dezesseis contos.

Capa do livro FICCIONES, do escritor argentino Jorge Luis Borges, na edição da Alianza Editoria (reimpresso em 2001).

Lendo a edição da Alianza Editorial para a série “Bibilioteca Borges“, deparamos com o conto intitulado “Pierre Menard, autor del Quijote“. Nele, o narrador tece comentários sobre as obras literárias deixadas pelo personagem que dá nome ao texto, preocupado em reestabelecer o prestígio de seu finado colega, que fora arranhado por uma outra personagem, a crítica literária Madame Henri Bachelier, em um texto publicado em um jornal

“…cuya tendencia protestante no es un secreto ha tenido la desconsideración de inferir a sus deplorables lectores – si bien éstos son pocos y calvinistas, cuando no masones y circuncisos. Los amigos auténticos de Menard han visto con alarma ese catálogo y aun con cierta tristeza. Diríase que ayer nos reunimos ante el mármol final y entre los cipreses infaustos y ya el Error trata de empañar su Memoria… Decididamente, una breve rectificación es invevitable.”

Para cumprir o seu intento, o narrador do conto vai enumerando os textos publicados por Pierre Menard e também tecendo comentários sobre as qualidades do personagem. Numa linguagem “técnica” e citando nomes consagrados como os de Descartes, Leibniz, John Wilkins, Ramón Llull, Ruy López de Segura (que é um enxadrista), George Boole; Saint-Simon, Quevedo, Russell, Toulet, Paul Valéry, Jacques Reboul, Novalis, Daudet, Cervantes, Shakespeare, Poe, Baudelaire, Mallarmé, Edmond Teste, Lepanto, Lope (de Vega), Nietzsche, Homero, Virgilio, Louis Ferdinand Celine e James Joyce, o narrador vai se fiando numa suposta credibilidade como crítico literário/historiador para convencer o leitor da realidade daquilo que se prepara para contar: o verdadeiro leitmotiv de Pierre Menard que

“No quería componer otro Quijote – lo cual es fácil – sino el Quijote. Inútil agregar que no encaró nunca una transcripción mecánica del original: no se proponía copiarlo. Su admirable ambición era producir unas páginas que coincidieran – palabra por palabra y línea por línea – con las de Miguel de Cervantes.”

Nos parágrafos seguintes, são discutidos o método adotado por Menard para executar o seu plano, as dificuldades por ele enfrentadas e as soluções propostas. E, segundo o narrador, a obra, embora inacabada e fragmentada, seria ainda mais sutil que a do próprio Cervantes. E apresenta ao leitor, como uma revelação, a comparação entre o Quixote de Menard e o de Cervantes. Este último, por exemplo, escreveu, no nono capítulo do Dom Quixote, primeira parte:

“(…) la verdad, cuya madre es la historia, émula del tiempo, depósito de las acciones, testigo de lo pasado, ejemplo y aviso de lo presente, advertencia de lo por venir.”

E continua o nosso narrador, com os seus comentários e com a “reveladora” versão de Menard:

“Redactada en el siglo diecisiete, redactada por el «ingenio lego» Cervantes, esa enumeración es un mero elogio retórico de la historia. Menard, en cambio, escribe:

(…) la la verdad, cuya madre es la historia, émula del tiempo, depósito de las acciones, testigo de lo pasado, ejemplo y aviso de lo presente, advertencia de lo por venir.

La historia, madre de la verdad; la idea es asombrosa. Menard, contemporáneo de William James, no define la historia como una indagación de la realidad sino como su origen. La verdad histórica, para él, no es lo que sucedió; es lo que juzgamos que sucedió.”

Blasfêmia?

Em 1998, o diretor Gus van Sant lançou a sua versão “palavra por palavra, linha por linha” de uma das obras primas de Alfred Hitchcock, o filme “Psicose”, lançado, originalmente, em 1968.

Cartaz para a divulgação da versão de Gus van Sant para o filme Psicose.

O debate que se seguiu ao remake foi bastante acalorado e o humor geral da crítica considerou desnecessária uma tal versão lançada trinta anos após uma produção original tão bem acabada. Muitos consideraram, ainda, uma blasfêmia, um simples plágio, uma perda de tempo para os realizadores e para os espectadores. Valeria sempre mais rever o filme de Hitchcock.

Particularmente, gosto muito das duas versões e me escuso de justificar, como leigo na arte cinematográfica,  os porquês de me sentir bastante satisfeito assistindo a uma e a outra.

Cartaz para a divulgação do filme Psicose, na sua versão original (1968), dirigida por Alfred Hitchcock.

Uma boa diversão é ver, lado a lado, ou sobrepostas, as imagens com trechos de ambas. Também é interessante acompanhar os comentários publicados no YouTube por fãs de Psycho.

Imagens – lado a lado – de PSICOSE (1998) e de PSICOSE (1968)

Imagens sobrepostas – de PSICOSE (1998) e de PSICOSE (1968)

Bons dias !!!

Sabum Nim Eduardo Godoi (4o. Dan)

Ch’ang Hon Ryu Taekwon-Do Brasil
Rua Armando Steck, 408 – sala 3 – Centro – Louveira – SP – CEP 13.290-000

Abandonando o Olimpo

por Laís Semis

Poucos detalhes denunciam, numa olhada por cima, as décadas que ficaram para trás. Talvez tenha mantido o mesmo corte de cabelo nos últimos 40 anos, mas o fato é que as roupas e a temática características que se perpetuaram por sua carreira passaram, como os anos. Parece improvável que um semi-deus do heavy metal possa abandonar o legado e buscar uma nova construção por um caminho que soa tão diferente do que aquele que transformou o rock.

No fim da década de 60, o acréscimo de guitarras pesadas às canções foi levando Robert Plant, Jimmy Page, John Bonham e John Paul Jones a muito além das vendas de seus álbuns mundo a fora, assim como o envolvimento deles com esta experimentação acabou consolidando o nascimento de um novo gênero para o rock, o heavy metal. Além das guitarras pesadas, o Led Zeppelin carrega consigo uma forte ligação com magia negra (Page, principalmente, seria adepto e praticante de rituais) e histórias de que a banda teria feito um pacto se fortaleceriam uma imagem sombria com elementos surgidos a cada álbum, criando sobre a banda e sobre todo o heavy metal uma aura ainda mais obscura do que o rock havia criado.

Led Zeppelin

Led Zeppelin

 

O fim da banda veio em 80, com a morte do baterista John Bonham. As reuniões posteriores aconteceram apenas em ocasiões especiais (raras). E, assim, diferente de tantas bandas que nostalgicamente procuram manter a mesma linha e perpetuar o símbolo, os agudos e as calças justíssimas bocas de sino ficaram para trás.

Plant ganhou, em 2007, a companhia de um violino e Alison Krauss, cantora de bluegrass, num disco intitulado “Raising Sand”. Num disco mais folk, mais country, de duetos, Plant e Krauss se pegam em composições de Tom Waits, Everly Brothers, Rowland Salley, Gene Clark… e “Please, Read the Letter” traz Plant e Page juntos novamente.

Recentemente, Plant tirou para voltar a se dedicar ao Band Of Joys (“Band Of Joys” era o nome da banda que Plant tinha com o baterista John Bonham antes de formarem o Led Zeppelin), apresentando releituras de blues, alguns clássicos do Led Zeppelin, da carreira solo do músico e músicas da própria banda, ao lado do cantor Patty Griffin e do guitarrista Buddy Miller.

Princípios gerais das funções executivas

 por                          Juliana F. Cecato

Fernando Pessoto

Daniel Bartholomeu

José M. Montiel

Funções executivas são processos cognitivos que permite ao indivíduo interagir com o seu meio externo de maneira intencional, envolvendo a formulação de planos de ação que se baseia em experiências prévias e nos estímulos presentes. Estas ações devem ser adaptativas e seqüenciadas por etapas (GAZZANIGA, 2002), ou seja, refere-se à capacidade do sujeito de engajar-se em comportamento orientado a objetivos, realizando ações voluntárias, independentes, autoorganizadas e direcionadas a metas específicas (Capovilla, 2006; Gil, 2002). Sinteticamente, qualquer comportamento emitido por um indivíduo necessita deste processo. Berberian (2007) enfatiza que  em todas as situações do cotidiano, seja comportamentos mais simples até os mais complexos, o indivíduo precisa planejar ações e desenvolver estratégias cabíveis a fim de alcançar seus objetivos, devendo ter a habilidade de responder adequadamente aos estímulos externos e também de identificar o momento adequado para tal, sendo ainda esta elaboração dependente da história de vida do indivíduo.

Os componentes das funções executivas correspondem a memória de trabalho, atenção seletiva, controle inibitório, flexibilidade e planejamento (DUNCAN et al, 1997). A memória pode ser compreendida como o reservatório onde é armazenado tudo que é aprendido ou experienciado. Dalgalarondo (2008) subdividi-a em memória de trabalho, memória episódica, memória semântica e memória de procedimentos. Em outro componente das funções executivas destaca-se a atenção Seletiva, compreendida como a percepção direcionada e seletiva a uma fonte partícula de informação, incluindo um aspecto semiquantitativo e com duração definida. De maneira generalista a atenção é um conjunto de processos psicológicos que faz com que o indivíduo seja capaz de selecionar, filtrar e organizar informações em unidades controláveis, as quais são importantes para a seleção de materiais disponíveis diante de um montante de informações (Montiel e Seabra, 2005).

Como terceiro fator e não menos importante das funções executivas está o controle inibitório, que segundo Assef et al (2007), pode ser definido como a habilidade do indivíduo de “inibir respostas competitivas”, ou seja, habilidade de controlar os comportamentos, iniciar e até mesmo pará-lo.  O quarto componente da funções executivas denominado Flexibilidade é segundo Lezak et al (2006) a habilidade que visa estabelecer uma nova estratégia de ação é denominada flexibilidade cognitiva, caracterizada pela capacidade de escolha e alternância de respostas mais condizentes às contingências; ou seja, determina quais informações ou ações são mais importantes e úteis que outras. Se entende pela capacidade de adaptar-se á condições adversas, resolver problemas e adequar-se a determinadas situações. O Planejamento é determinado pelo objetivo traçado por um indivíduo, ou seja, para alcançá-lo, é necessário primeiramente que haja planejamento. Neste sentido pode-se defini-lo como a capacidade de organização e previsão da pessoa a fim de agir para atingir um objetivo.

A discriminação dos conceitos das funções executivas auxiliam os profissionais da saúde a melhor identificação em quadros de déficits cognitivos e possíveis desenvolvimentos de estratégias terapeutas para cada caso.

Alimentação na Melhor Idade

 por           Cristiane Machado Godoy

Juliana F. Cecato

José M. Montiel

Daniel Bartholomeu

Alimentação é um tema que interessa a cada dia mais pessoas, pois além de ser a base da saúde, em algumas fases da vida adquire características especiais, uma delas é na infância e a outra é na terceira idade. Com o avançar da idade a composição corporal varia, há diminuição de massa muscular e aumento de tecido gorduroso. Por outro lado, a perda de massa óssea dá lugar à aparição de osteoporose e consequentemente um aumento no risco de fraturas, dificultando a mobilidade e comprometendo a qualidade de vida do idoso. Nesta fase, também é comum o aparecimento de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, sendo caracterizado por um período onde se deve dar mais atenção à alimentação.

Outro fator importante é o cuidado com a boca, em especial com a perda de dentes e a substituição destes. A dificuldade na mastigação, aliada a diminuição do apetite por gastarem menos energia, acabam fazendo com que o idoso elimine alimentos de difícil mastigação promovendo então carências nutricionais. O gosto, o olfato e a visão podem estar debilitados dificultando o consumo e o  preparo dos alimentos,o que pode levar ao estado de desnutrição. De um modo geral, alguns cuidados com a alimentação podem gerar muitos benefícios ao idoso e, principalmente uma boa qualidade de vida, são esses:

– A alimentação deve ser variada e rica em fibras. As hortaliças, legumes, frutas e pães integrais, além de melhorar o funcionamento intestinal, ajudam a controlar peso, níveis de glicose e colesterol sanguíneos. Preferir hortaliças fortemente coloridas: verde-escuro, amarelo ou alaranjado, são fontes de vit. A, C e ác fólico. Consumir frutas com casca e bagaço sempre que possível.

– Promover o consumo de ovos, pois eles são uma fonte de proteína de alto valor biológico, fácil preparação e degustação, salvo se os níveis de colesterol estiverem altos. Os peixes são também uma ótima fonte de proteína, absolutamente necessária para uma boa regeneração celular. Alguns deles como a sardinha, o atum e o salmão oferecerem ácidos graxos ômega 3 que comprovadamente ajudam a diminuir o colesterol “ruim” (LDL) e aumentar o colesterol “bom” (HDL), o que protege o coração.

Consumir grãos como feijão, lentilha, grão de bico também fornecem proteína, assim como amendoim, nozes e castanhas.

– Em uma dieta equilibrada não deve faltar o consumo de leite e derivados magros, pois fornecem o cálcio, magnésio e vitamina D necessários para uma correta mineralização óssea, evitando assim o desenvolvimento de osteoporose. Banhos de sol em horários adequados também ajudam a fixar o cálcio nos ossos.

– O consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas deve ser evitado, como de carnes gordas, frios, embutidos, queijos gordos, produtos industrializados e frituras. O azeite de oliva é saudável, mas a quantidade não deve ultrapassar a 2 colheres de sopa ao dia.

É prudente salientar que o consumo de açúcar e sal deve ser moderado. Eles estão presentes em grande quantidade nos alimentos industrializados como bolos, bolachas, enlatados e em conserva. Dar preferência aos produtos elaborados com cereais integrais como pães e torradas é fundamental, tendem a ocasionar problemas significativos tais como:

– A desidratação é frequente nos idosos, portanto deve-se estimular o consumo de 1,5 a 2 litros de líquido ao dia como água, chás, sucos e sopas.

– O consumo de alimentos frescos deve ser priorizado, pois garante a oferta de micronutrientes como vitaminas e sais minerais, evitando carências nutricionais.

– É importante que a alimentação diária seja dividida em 5 a 6 pequenas refeições, pois além de ajudarem o sistema digestório, oferecem oportunidade de variar a alimentação.

– Atividade física diária moderada é uma excelente recomendação, porque ajuda a manter o peso ou diminuí-lo caso seja necessário e também ajuda a manter a massa óssea.